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O conceito de sistemas de produção reconfiguráveis (SPRs) surgiu como uma estratégia
para alcançar sistemas de produção mais ágeis, capazes de ajustar a funcionalidade e
capacidade quando necessário. Este tópico é um problema atual para empresas porque a
viabilidade de SPRs foi alcançada recentemente devido às novas tecnologias promovidas
pela Indústria 4.0. Em SPRs, a reconfigurabilidade é a capacidade que permite a mudança
de um produto para outro, a adição ou remoção de recursos, com mínimo esforço e
sem demora. Por esta razão, a avaliação do nível de reconfigurabilidade é de extrema
importância para as indústrias.
O objetivo desta pesquisa é descrever o desenvolvimento de um índice de reconfigu rabilidade (RI) que pode ser utilizado por empresas para definir o quão reconfiguráveis
são seus sistemas de manufatura. Especificamente, este estudo pretende determinar em
que medida cada característica fundamental contribui para a composição da reconfi gurabilidade e o nível atual de reconfigurabilidade presente nas empresas portuguesas.
Adicionalmente, este trabalho tenta estabelecer uma relação entre as características es senciais e o desempenho operacional dos sistemas de manufatura, e a extensão em que
cada característica básica é implementada em diferentes setores industriais.
Para construir o IR, uma pesquisa por questionário foi usada para selecionar as va riáveis e uma análise de componentes principais (ACP) foi aplicada aos resultados da
pesquisa para determinar as contribuições das características centrais. O IR foi usado
para estabelecer um ranking dos setores industriais das empresas respondentes e para
discutir o nível de implementação das características centrais de reconfigurabilidade.
Os resultados mostram que cada característica central contribui com uma quantidade
diferente para a composição da reconfigurabilidade. A adaptabilidade e a diagnostica bilidade são as que mais contribuem, com 25% cada. As empresas portuguesas têm um
nível moderado de reconfigurabilidade implementado. Em relação ao desempenho ope racional, a modularidade parece contribuir para a qualidade e entrega; integrabilidade
para entrega e flexibilidade; adaptabilidade para custo e qualidade e capacidade de di agnóstico para qualidade e entrega. Entre os setores industriais, a reconfigurabilidade
varia de níveis baixos a moderados. A implementação das características centrais variam
significativamente, mas o RI parece estar relacionado aos níveis de flutuações do mercado
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