A dimensão conceitual da organização do conhecimento no universo científico da ISKO: uma análise de domínio a partir dos congressos de ISKO-Brasil, ISKO- Espanha, ISKO – América Do Norte e ISKO-França

Abstract

We comparatively analyze the conceptual question of knowledge organization and the theoretical references that are fundamental in the last two Brazilian, Spanish, North American and French ISKO chapter meetings (of 2011 and 2013). From this, we conducted content analysis and citation analysis. The results show that the four analyzed chapters are quite fruitful in addressing conceptual issues, even when this aspect is still in development. This is verified by, on one hand, the concern with aspects such as the nature and object of knowledge organization in its epistemological configuration, and on the other hand, a more pragmatic and operational interest related to knowledge organization processes and tools, sometimes perceived as field objects. In this context, the main theoretical references involve seven authors (Hjørland, Dahlberg, Gardin, Mai, Olson, Barité and Thelleffssen). Hjørland and Dahlberg assume strong leaderships that show, respectively, the emphasis of social-cognitive and ontological approaches in the area. The emphasis of social-cognitive seems to take a greater force especially with Mai and Thelleffssen, with the semiotic question, and Olson, with cultural studies, that reinforce this theoretical framework.Se analiza comparativamente la definición conceptual de la organización del conocimiento y los diferentes referentes teóricos que la sostienen en el ámbito de los congresos realizados por los capítulos brasileño, español, norteamericano y francés de ISKO en sus dos últimos eventos realizados (2011 y 2013). Para ello, se utiliza análisis de contenido y análisis de citas. Los resultados revelan que los cuatro capítulos analizados son bastante prolíficos en el abordaje de la cuestión conceptual del área, aunque ese aspecto todavía se encuentra en construcción. En particular, se detectan dos grandes preocupaciones: por un lado, abordar los aspectos relativos a la naturaleza y al objeto de la organización del conocimiento en su configuración epistemológica, y, por otro, una preocupación de naturaleza más pragmática y operacional, volcada a los procesos e instrumentos de la organización del conocimiento, muchas veces concebidos como objeto del campo. En este contexto, los referentes teóricos predominantes se centran en siete autores (Hjørland; Dahlberg; Gardin; Mai; Olson; Barité y Thelleffssen). Hjørland y Dahlberg asumen un fuerte liderazgo, lo que revela, respectivamente, el énfasis de los abordajes sociocognitivo y ontológico del área, siendo que la primera asume una mayor fuerza en la medida en que especialmente Mai y Thelleffssen, con la cuestión semiótica, y Olson, con los estudios culturales, refuerzan ese cuadro teórico.O organização do conhecimento desempenha papel nuclear na Ciência da Informação, apre-sentando avanço teórico notadamente a partir da criação da ISKO, em 1989. No entanto, ob-serva-se que esse campo ainda se encontra em busca da construção e delimitação de sua própria base conceitual, em virtude de distintas influências teóricas. Isso leva à necessidade de analisar de que forma o ambiente científico da ISKO vem construindo / delimitando essa dimensão conceitual, a partir de seu discurso científico. Desse modo, analisa-se comparativamente a questão conceitual da organização do conhecimento e os referentes teóricos que a subsidiam no âmbito dos congressos realizados pelos capítulos brasileiro, espanhol, norte-americano e francês da ISKO nos últimos dois eventos realizados em cada (2011 e 2013). Para tanto, utiliza-se da análise de conteúdo e da análise de citações. Os resultados revelam que os quatro capítulos analisados são bastante profícuos na abordagem da questão conceitual da área mas esse aspecto ainda se encontra em construção. Isso se revela pelo fato de se verificar, por um lado, a preocupação com os aspectos relativos à natureza e ao objeto da organização do conhecimento, em sua configuração epistemológica e, por outro, uma preocupação de natureza mais pragmática e operacional, voltada para os processos e instrumentos da organização do conhecimento, muitas vezes concebidos como objeto do campo. Nesse contexto, os referentes teóricos predominantes centram-se sobre sete autores (Hjørland; Dahlberg; Gardin; Mai; Olson; Barité e Thelleffssen). Hjørland e Dahlberg assumem forte liderança, o que revela, respectivamente, a ênfase, das abordagens sócio-cognitiva e ontológica da área, sendo que a primeira assume maior força na medida em que especialmente Mai e Thelleffssen, com a questão semiótica, e Olson, com os estudos culturais, reforçam esse quadro teórico.